quinta-feira, 14 de abril de 2011

BMG negocia compra dos bancos Schahin e Morada

São Paulo - O banco BMG, líder na concessão de crédito consignado entre as instituições financeiras privadas do País, negocia de uma só vez a compra dos bancos Schahin e Morada. Os dois negócios devem ser fechados nos próximos dias. Profissionais contratados pelo BMG estão na fase final do que se chama no mercado de due diligence - ou seja, um pente-fino na contabilidade do Schahin e do Morada. Quando o sinal verde for dado pelos analistas, faltará definir os preços.

Desde que estourou o escândalo do Panamericano, instituições financeiras especializadas em um negócio conhecido como venda de cessão de crédito passaram a ter dificuldades para manter o ritmo de seus negócios. Esses bancos costumam se capitalizar vendendo para outros carteiras de crédito que formam. Esta é uma maneira de conseguir dinheiro mais rapidamente, pois os bancos não precisam esperar até o vencimento dos empréstimos. Em troca da venda antecipada, eles concedem um desconto para a instituição compradora.

A maior parte do rombo do Panamericano ocorreu justamente na contabilização de carteiras de crédito vendidas para outros bancos, principalmente as grandes instituições de varejo. Se o então banco de Silvio Santos não tivesse sido salvo pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), analistas estimam que as instituições que fizeram negócio com o Panamericano apurariam prejuízos pesados.

Após a descoberta do problema, todas passaram a ser mais seletivas na hora de comprar carteiras. Em consequência, bancos que estavam acostumados a se capitalizar por meio dessas vendas começaram a ver o caixa encolher. Por isso, tiveram de pôr o pé no freio nas operações. “Esse modelo de negócio acabou”, disse uma fonte do setor. “E o pior é que estamos falando de cerca de 150 bancos.” Por isso, essa fonte e outros especialistas, como Luís Miguel Santacreu, da Austin Rating, acreditam que haverá um novo processo de consolidação do sistema financeiro no Brasil. O provável negócio do BMG com o Schahin e o Morada seria apenas o primeiro de vários.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Agência Estado.

domingo, 3 de abril de 2011

Desaceleração do crédito ao consumidor seguirá ao segundo semestre

O Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito ao Consumidor caiu 0,2% em fevereiro de 2011, a décima primeira queda mensal consecutiva, atingindo o valor de 99,5. Como o indicador possui a propriedade de antever, num horizonte médio de seis meses, as oscilações cíclicas da concessão de crédito, este resultado sinaliza que o processo de desaceleração do crédito ao consumidor, iniciado ao final de 2010, deverá se estender, pelo menos, até os primeiros meses do próximo semestre.

De acordo com o Indicador, o conjunto de medidas anti-inflacionárias já adotadas pelo governo, em especial as que atingem diretamente o mercado de crédito (aumento de compulsórios, medidas macroprudenciais, elevação da taxa básica de juros), combinado com um nível de endividamento mais elevado do consumidor, deverão continuar proporcionando uma trajetória menos acelerada do ritmo de concessões de crédito às pessoas físicas, ao longo dos próximos meses.

Os economistas da Serasa Experian salientam que como não está descartado, por ora, o aprofundamento de tais medidas, as perspectivas são de que esta desaceleração do ritmo de concessões poderá se estender até os meses iniciais do próximo semestre.

Já em janeiro deste ano, o Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito às Empresas recuou 0,4%, a quarta queda mensal consecutiva deste indicador, atingindo o valor de 102,1. 

Segundo os economistas da entidade, este resultado sinaliza que impactos restritivos sobre o crédito às empresas deverão prevalecer durante os próximos meses, uma vez que as condições de financiamento para as pessoas jurídicas também já começam a ficar menos favoráveis (juros mais elevados e prazos menos elásticos).

Supervisor como ferramenta estratégica

Os supervisores e demais líderes devem ser verdadeiras “ferramentas estratégicas”, visto que seu papel vai muito além daquele apresentado na descrição do cargo.

Cada supervisor e líder de operação precisa compreender a importância de seu papel para o sucesso das estratégias globais do call center ou do contact center onde atua, pois, mesmo atuando entre o nível tático e operacional, ele contribui para o alcance dos objetivos da organização.

Ao entender o call center como um sistema que envolve o conjunto de recursos, processos e estruturas que permitem o fornecimento de serviços via telefone e por outros canais de comunicação (e-mail, chat, sms, fax, entre outros), e proceder a uma simples análise SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças), logo percebemos que a grande dificuldade enfrentada por essas organizações está em dois dos subsistemas mais importantes da gestão de pessoas: manter e desenvolver pessoas.

Da mesma maneira, ao analisarmos os motivos pelos quais a maioria dos operadores vão embora, ainda que a lista desses motivos possa ser bem vasta, um dos fatores que mais nos chama a atenção e que tem contribuído para esse grande fluxo está ligado à gestão de pessoas. Não é de se estranhar os altos índices de turnover nos call centers e contact centers brasileiros, levando em consideração que se trata de um ambiente onde as pressões por metas e por menores custos, diante de indicadores de qualidade e produtividade, são constantes. Acrescente-se a isso o fato de que boa parte da mão de obra é constituída por pessoas de 18 a 24 anos, muitas em sua primeira experiência profissional, sendo o call center considerado a principal porta de entrada de jovens para o mercado de trabalho. A rotatividade, logo, será o resultado mais comum.

Diante dessas condições e do confinamento diário do operador em sua Posição de Atendimento – PA, há de se observar que o papel do líder é crucial para, pelo menos, minimizar essa situação, visto que muitos operadores que pedem demissão, ao serem entrevistados, afirmam que estão saindo por causa de seu supervisor ou líder.

Em nossos treinamentos e cursos para supervisores iniciamos as apresentações com duas perguntas:

1. Você foi operador por quanto tempo? E para assumir o cargo, participou de algum programa de desenvolvimento de supervisores? 

Se a resposta for sim, coloque-se no lugar de operador e responda a próxima pergunta.

2. Qual o principal fator que tem levado a maiorias dos operadores a pedir demissão?

A resposta a essas perguntas é quase sempre a mesma: a maioria assume o cargo sem participar de programas de desenvolvimento de supervisores ou líderes e consideram a gestão de pessoas (ceteris paribus: deixando de lado outros fatores menos importantes para análise) como sendo o principal motivo pelo qual muitos operadores pedem demissão.

O Brasil é um país carente de bons líderes capacitados, mas, como no mundo dos negócios, a maioria dos call centers e contact centers demandam novos supervisores e líderes numa velocidade cada vez maior, sem tempo ou mesmo não investindo na preparação de novos gestores de pessoas. O call center brasileiro, a exemplo do exército norte-americano, proporciona aos operadores oportunidades de ascensão a postos de liderança (sobretudo supervisão) de maneira muito rápida, devido à velocidade da expansão dos negócios, à carência de líderes com conhecimento da operação e à rotatividade de líderes.

Muitas vezes entregamos os fuzis e enviamos o novato para o Iraque, geralmente com pouco tempo de preparo, por causa das necessidades do negócio, e colocamos esses novos sargentos no comando de verdadeiros pelotões de operadores.

Urge preparar nossos supervisores e líderes, sobretudo para a gestão de pessoas e para a liderança de equipes, pois podemos acabar perdendo excelentes operadores e equipes inteiras, ou, na “melhor” das hipóteses, não alcançar os resultados esperados, tão fundamentais para o sucesso da operação. Surge aí a necessidade de desenvolver supervisores e líderes com visão estratégica, entendendo o call center como um sistema integrado, em que o capital humano é decisivo para o sucesso, visto que estamos falando de Marketing Direto.

Nesse sentido, o supervisor ou líder deve possuir uma visão estratégica e contribuir para minimizar as ameaças do negócio (principalmente aquelas ligadas à demanda de operadores), fortalecendo os pontos fracos (manutenção e desenvolvimento de operadores) através de uma liderança focada na gestão de pessoas. O supervisor ou líder de call center e contact center precisa compreender que mesmo atuando entre o nível tático e operacional, ele contribui, e muito, para o alcance dos objetivos da organização “com seus operadores”.

Diante do exposto acima, apresentamos algumas dicas para que os supervisores e demais líderes de call center possam agir como “FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS”:

Enxergue a organização como um todo: estude e reveja sempre suas principais diretrizes estratégicas (missão, visão, valores, políticas, objetivos e estratégias), organogramas, sites, serviços e/ou produtos, principais clientes, entre outros;

Mantenha bom relacionamento com todas as áreas, principalmente com as áreas fundamentais para o sucesso de sua operação: Marketing, Recursos Humanos e TI, entre outras;

Desenvolva operadores: para alcançar objetivos e metas da operação, você precisa de operadores competentes, com conhecimento, habilidades e comportamentos adequados às atividades da operação;

Seja gestor de pessoas: a gestão de pessoas não é tarefa de um departamento, a exemplo do RH, mas sim responsabilidade diária de cada líder, pois cabe a ele a manutenção, o desenvolvimento, a aplicação e a agregação dos operadores. O RH, assim, passa a ter a função de Staff;

Seja líder: pessoas respondem a pessoas e seu sucesso depende do nível de influência que você tem sobre sua equipe; nunca critique outras lideranças de sua empresa e nem a organização, pois você pode perder a credibilidade perante sua equipe;

Enxergue a operação com olhar estratégico: a operação, com suas metas, indicadores e objetivos, deve ser encarada dentro do prisma das diretrizes estratégicas da organização, não como uma atividade rotineira e isolada dos objetivos globais da empresa. Cabe ao líder despertar nos operadores o sentimento de que eles fazem parte de uma causa, de uma missão.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Telemarketing gera multas de R$ 48 mi

O Procon-SP multou em R$ 48 milhões um total de 53 empresas que desrespeitaram a lei sobre ligações de telemarketing.

As autuações foram aplicadas a empresas --principalmente do setor financeiro e de telefonia-- pela diretoria de fiscalização do órgão em janeiro e em agosto de 2010.
Do total de autuações, foram efetivamente pagos R$ 95 mil. A maior parte das empresas recorre das multas.

A Fundação Procon-SP oferece desde o início de 2009 a possibilidade de o consumidor pedir o bloqueio de ligações de telemarketing, previsto na Lei 13.226/08 e regulamentada pelo Decreto Estadual 53.921/08. O cadastramento é gratuito e pode ser feito na página da instituição na internet.
Desde sua criação, o Cadastro para Bloqueio do Recebimento de Ligações de Telemarketing já conta com a adesão de 430 mil paulistas.

quarta-feira, 30 de março de 2011

A revolução do Coaching

Em todo o mundo o processo tem sido usado como ponte para o sucesso pessoal e profissional e, no Brasil, tem sido cada vez mais procurado,

Ao falar em Coaching, o que lhe vem à cabeça? É certo que nem todo mundo conhece o que é este processo, mas desde a década de 80, quando começou a ser utilizado nos Estados Unidos fora do meio esportivo , o coaching vem se consolidando e vive hoje, no Brasil, seu grande momento. A procura tem sido cada vez maior, e as pessoas estão buscando através dele, desde sucesso profissional em suas carreiras a qualidade na vida pessoal.

Embora pareça recente, um dos primeiros indícios da existência do Coaching não vem da era moderna. Segundo Andrea Lages e Joseph O' Connor, no livro: "Como o Coaching Funciona", o filosofo grego Sócrates, século V a.C, foi um dos precursores do modelo ao criar o Método Socrático, onde fazia questionamentos e assim, conduzia seus alunos ao raciocínio, a reflexão e a obterem as respostas para as suas indagações.

Para verificar a reportagem completa acessar o site abaixo:

domingo, 27 de março de 2011

Felicidade no trabalho é possível e está associada à qualidade de vida

Estar satisfeito com a carreira não é algo irreal, dizem especialistas. Para isso, profissional precisa equilibrar campos da vida

Colocar a felicidade como meta no campo profissional é bem comum, mas difícil na avaliação de muitos profissionais que têm sempre críticas a fazer do chefe, do ambiente, de alguns colegas e da correria. Ao contrário do que muitos pensam, contudo, ser plenamente satisfeito com a profissão é possível.

“É uma meta alcançável”, afirma o headhunter da De Bernt Entschev Human Capital, Weider Silva. “Essa felicidade está lincada com o indivíduo”, ressalta. Para Silva, o campo profissional não está isolado e recebe interferências de outras áreas da vida, como a familiar, a financeira e a afetiva, por exemplo. “Se um lado está desequilibrado, ele afetará o outro”.

A felicidade no trabalho só se estabelecerá, na avaliação do especialista, quando o conjunto de elementos que forma a nossa vida estiver bem. Mas não precisa estar perfeito. “A questão não é ter nenhum problema, mas saber equilibrar todos os que temos”, considera a consultora de Planejamento de Carreira da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Karla Mara Alves de Oliveira.

Para ver a reportagem completa acesse o link abaixo:

Abraços.

terça-feira, 22 de março de 2011

Demanda das Empresas por crédito cresceu 5,3%

Alta no mês passado foi devido à procura das micro e pequenas empresas

De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda das Empresas por Crédito, a quantidade de empresas que procurou crédito cresceu 5,3% em fevereiro de 2011, em relação ao mês imediatamente anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano passado (fevereiro de 2010), a demanda das empresas por crédito avançou 10,2%.

O feriado de carnaval, no mês de março este ano, impactou positivamente a procura das empresas por crédito em fevereiro, fazendo com que este mês, em 2011, apresentasse uma quantidade de dias úteis a mais do que normalmente se registra, observam os economistas da Serasa Experian. Tal efeito deverá ser revertido no mês de março que, além de uma quantidade de dias úteis abaixo do padrão histórico, contará ainda com os efeitos restritivos do atual ciclo de aumento dos juros.

O avanço da demanda das empresas por crédito em fevereiro de 2011 foi determinado pelo crescimento de 5,5% registrado pelas micro e pequenas empresas e, em menor escala, pelo avanço de 0,5% na procura por crédito das médias empresas. Nas grandes empresas, a procura por crédito recuou 0,2% em fevereiro.

Na comparação com o fevereiro de 2010, somente as micro e pequenas empresas apresentaram variação positiva na sua procura por crédito (alta de 11,0%). Já nas médias houve queda de 1,4% e nas grandes empresas houve recuo de 1,2% na comparação com fevereiro de 2010.

Amato toma posse na presidência da ACSP


Cerimônia será realizada no dia 28 de março, com presença de várias personalidades empresariais e políticas

O empresário Rogério Amato tomará posse na presidência da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), que reúne 420 Associações Comerciais, nesta próxima segunda-feira, 28 de março, para o biênio 2011/2013, no Clube Atlético Monte Líbano (avenida República do Líbano, 2.267). Deixa a presidência das entidades o também empresário Alencar Burti.

Amato assume a ACSP e Facesp com o objetivo de ampliar a atuação das duas entidades na defesa dos princípios da livre iniciativa e, sobretudo, dos interesses dos micro, pequenos e médios empreendedores, imprimindo o novo lema de sua gestão: "Mexeu com um, mexeu com todos". Resumindo: "O empreendedor terá orgulho de dizer que pertence às nossas entidades, que têm uma longa tradição moral, independência e que estão prontas para atuar a seu favor no que for preciso". Ele também investirá em campanhas institucionais do tipo De Olho no Imposto, pela desburocratização, reformas institucionais etc.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Guilherme Afif Domingos, além de prefeitos do Interior, políticos em geral e líderes empresariais participarão da cerimônia de posse.

Rogério Pinto Coelho Amato, 62 anos, é paulistano, formado em administração pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, com vários cursos de extensão e especialização. Filho do empresário Mario Amato e de Rogéria Pinto Coelho Amato, preside o Conselho de Administração e é sócio da Springer.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Demanda por crédito cai novamente



Segundo o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor, quedas se concentraram nas camadas intermediárias de renda

De acordo com Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, a quantidade de pessoas que procurou crédito recuou 1,2% em fevereiro, cravando o segundo recuo mensal consecutivo (em janeiro houve variação negativa de 6,7% em relação a dezembro de 2010).

Em relação a fevereiro de 2010, a demanda dos consumidores por crédito avançou 19,9% em fevereiro de 2011. Porém este resultado foi impactado pelo feriado móvel do Carnaval que, neste ano, caiu em março, determinando dois dias úteis a mais em fevereiro/2011 contra fevereiro de 2010.

No acumulado do primeiro bimestre de 2011, a procura do consumidor por crédito cresceu 16,3% em relação ao mesmo período do ano passado, taxa ligeiramente inferior ao crescimento acumulado em 2010 (16,4%).

A demanda dos consumidores por crédito encontra-se em rota de suave desaceleração, determinada tanto pelas medidas macroprudenciais adotadas pelo Banco Central no inicio de dezembro do ano passado quanto pelo atual ciclo de elevação das taxas de juros, salientam os economistas da Serasa Experian.

A queda observada na demanda dos consumidores por crédito em fevereiro de 2011 concentrou-se nas camadas intermediárias de rendimento mensal, indo de -2,0% (consumidores com rendimento mensal entre R$ 500 a R$ 1.000 por mês) até -0,6% (consumidores com rendimento mensal entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês).

Apenas nos extremos da faixa de renda é que foram registrados aumentos na demanda por crédito: os consumidores de baixa renda (ganhos mensais até R$ 500) aumentaram sua demanda por crédito em 0,8% e os de alta renda (ganhos mensais acima de R$ 10.000) recuperaram-se do tombo de 13,0% verificado em janeiro/11 e expandiram sua demanda por crédito em 9,3% em fevereiro.

No acumulado anual, isto é, durante o primeiro bimestre de 2011, o maior crescimento em termos de aumento da demanda por crédito encontra-se na faixa de menos renda (alta de 60,9% frente ao acumulado dos dois primeiros meses de 2010).

Você: o grande diferencial do seu currículo


Ter no currículo um MBA em uma instituição de renome pode até ajudar. Isso, no entanto, está longe de ser fundamental em uma seleção, afirma consultora

Ter um curso de MBA (Master Business Administration) no currículo já não é garantia de diferencial no mercado brasileiro. Embora não exista um levantamento preciso de quantas especializações do tipo existem no Brasil, já que os cursos se enquadram na categoria de pós-graduação lato senso e, consequentemente, não são avaliados pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) do MEC (Ministério da Educação), a estimativa da Associação Nacional de MBA é que existam mais de nove mil cursos. Poucas escolas, no entanto, desfrutam de renome no mercado e as que têm esse reconhecimento costumam praticar preços mais elevados – superiores a R$ 20 mil.

Então, optar por um curso mais barato significa algum tipo de exclusão no mercado, certo? A resposta é não, mas também é sim. A consultora da DDI Consultores do Brasil, Priscila Giglio, ressalta que algumas escolas realmente têm um conceito melhor entre recrutadores, empresários e executivos, mas o que tem mais peso na análise de um profissional, efetivamente, é o equilíbrio entre vários fatores. "Percebemos que as empresas avaliam um conjunto entre a experiência, aptidões, habilidades e o que efetivamente foi assimilado do curso realizado", explica.

Fabiana Nakazone, gerente da DM Recrutamento, Seleção e Desenvolvimento de Executivos, concorda. A consultora lembra que muitas vezes um curso pouco renomado de graduação pode ser sucedido de outro MBA reconhecido ou vice-versa. Por isso, na avaliação da profissional, uma marca reconhecida da instituição onde o curso foi realizado potencializa o currículo de um candidato, mas está longe de ser fundamental em uma seleção. "O ideal mesmo é uma formação sólida, independentemente da instituição escolhida. O profissional precisa mostrar a aplicação prática de seus conhecimentos, como se envolveu com o aprendizado, que tipo de experiência agregou a ele, e é isso que terá o maior peso em sua avaliação", analisa.

Escolha

Atualmente, não é difícil encontrar diversas modalidades de cursos de especialização e MBAs mais acessíveis e, entre elas, estão cursos online, presenciais, mistos, apenas aos finais de semana, de um a dois anos, intensivos e com ou sem avaliações periódicas. O MBA, sigla derivada dos Estados Unidos, é um especialista em administração de negócios, portanto, está sob a esfera desta opção as áreas de marketing, finanças, RH (Recursos Humanos), contabilidade, projetos, entre outras ciências ligadas à gestão. Trata-se, portanto, de um curso de especialização como qualquer outro, mas voltado para a administração.Priscila Giglio, da DDI, analisa que mais importante do que a própria escolha da instituição na hora de cursar um MBA é que o profissional que busca determinada especialização tenha os seus objetivos bastante claros. "É necessário que o aluno do curso saiba qual caminho ele pretende traçar, quais as metas a serem atingidas com o estudo e que tipo de informações são mais valiosas em sua realidade ou perspectiva profissional. Por isso, é importante se informar muito e avaliar com cautela a opção de fazer um MBA, e que tipo de instituição ou área seguir". A consultora acrescenta que muitas vezes os profissionais acabam optando pela especialização antes mesmo de frequentar cursos de inglês ou de contar com o amadurecimento necessário para absorver as aulas de forma adequada, e nestas situações, a marca da instituição valerá muito pouco no final.Fabiana, da DMRH, explica que a valorização de algumas instituições no País se dá pelo fato de a média de seus profissionais saírem com bagagem de conhecimento superior e desempenho satisfatório no mercado, mas que esse diagnóstico não limita a inserção de profissionais vindos de instituições menos renomadas ou mais novas. "É claro que existe a percepção que cursos muito acessíveis não conseguem alcançar níveis de excelência, em função do alto custo demandado com bibliotecas, estrutura, quadro docente e material didático, mas não se deve generalizar. É possível que com ferramentas web se reduza custos e profissionais consigam absorver grande carga de conhecimento, mesmo em cursos mais acessíveis. Não é comum, mas cada caso merece uma análise detalhada", comenta a consultora.