
Análise do perfil do consumidor, taxa de conversão, funil de conversão, análises técnicas e de usabilidade do usuário são alguns indicadores cada vez mais presentes nas definições de planejamento e estratégia das micro, pequenas e médias empresas que vendem pela internet.
Se no varejo tradicional é importante conhecer o cliente, no comércio eletrônico ainda mais. Saber quem ele é, o que deseja comprar, seus anseios, preferências e até se antecipar ao que ele imaginaria querer consumir são questões fundamentais para o sucesso dos negócios no e-commerce. Nesse ambiente, além da plataforma tecnológica que suporta o site, é preciso recorrer a ferramentas tecnológicas como as de rastreamento e de análise do perfil do usuário, que ajudam o empresário na gestão do negócio.
Para o consultor de varejo e marketing Gustavo Carrer, do Sebrae-SP, as ferramentas tecnológicas de análise de perfil do e-consumidor são fundamentais para obter bons resultados na manutenção e crescimento das vendas pela web. “Esses softwares rastreiam com eficiência os movimentos do usuário, como tempo de navegação por página, botão clicado, em que momento desistiu do carrinho de compras ou realizou o pagamento, etc.”
Com esses dados na mão do gestor, deve-se ir para a etapa seguinte, a de análise e tomada de decisões, continuidade do planejamento, mudança de rota ou reforço de alguma ação ou campanha. “O monitoramento dessas mudanças ou continuidade das ações realizadas na loja virtual devem ser feitas diariamente”, diz Carrer.
Com dois anos de e-commerce, o site brasileiro Men’s Market tem utilizado com eficiência seus relatórios de análise de perfil de clientes. Especializado em cosméticos para homens, que contabilizou dez mil usuários ativos no ano passado, a estimativa da empresa é atingir um faturamento de R$ 7 milhões neste ano. O sócio-fundador Lucas Amoroso, um dos quatro sócios da empresa, com menos de 28 anos de idade, informa que o uso do Google Analytics, ferramenta de análise de perfil de clientes, tem gerado relatórios fundamentais para manter o crescimento de vendas.
“Analisamos constantemente nossas ações e pensamos em novos serviços para nossos clientes. Uma de nossas estratégias que têm dado resultado é ligar para alguns clientes para saber o nível de satisfação e suas sugestões para o site”, afirma Amoroso. A partir desses procedimentos, o site já ganhou novas seções, como Acessório e Guia de Estilo e Cuidados. A empresa também utiliza as redes sociais para atrair os clientes e prospectar novos com estratégias de marketing digital. “Nossa meta é ser uma grande empresa de e-commerce e atingir de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões de faturamento”, complementa.
Referência no e-commerce de flores e presentes e uma das pioneiras do e-commerce no Brasil, a empresa Giuliana Flores, completa 14 anos de vendas on-line neste ano com a meta de faturamento de R$ 25 milhões. E os números são grandes para o país: mais de 63 mil pessoas compraram pelo site da empresa no ano passado, registrando crescimento de 30; tíquete médio de R$ 140,00; um centro de distribuição de 1.200 metros quadrados; 130 funcionários; e investimento em marketing que chega a 3% do faturamento. A empresa começou em 38 metros quadrados de loja instalada no centro de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. Hoje, cresceu para 560 metros quadrados e mais uma filial. Em 2000, o dono, Clóvis Souza, resolveu se arriscar na internet, quando esse mercado ainda estava engatinhando. O sucesso nos negócios se deve em grande parte ao aprendizado ao longo desses 14 anos de comércio eletrônico, que inclui investimentos em infraestrutura, marketing e no conhecimento do cliente. “Definimos nossas estratégias de vendas e novas parcerias com empresas de presente com a ajuda de relatórios que mantemos diariamente. Acompanhamos de perto os negócios, mas com o crescimento da empresa há seis anos contratamos uma consultoria de e-commerce para nos auxiliar a suportar a evolução da empresa”, afirma Juliano Souza, diretor de marketing da Giuliana Flores.
Para acompanhar a evolução deste mercado que só cresce, a Vertis, empresa de consultoria em soluções tecnológicas criada em 2000, optou por se dedicar ao segmento de comércio eletrônico nos últimos nove anos. Além da Giuliana Flores, a empresa mantém como clientes a Camicado, a Fast Shop e outras. Maurício Di Bonifácio, sócio da empresa, orienta os micro, pequenos e médios empresários que querem ser grandes que comecem desde o início a pensar e agir como grandes. Neste mercado, um erro na escolha do produto, na entrega ou uma página sem acesso pode significar perdas de credibilidade no site, o que pode resultar, rapidamente, no fracasso da empresa. “Investimento em uma boa plataforma de e-commerce, em ferramentas de busca e análise de perfil do cliente, em marketing, sem falar no diferencial do produto, é fundamental para permanecer e ter êxito”, declara Di Bonifácio. Para as micro e pequenas empresas há ferramentas que são de baixo custo ou quase nenhum, de acordo com o volume de venda. O Google Analytcs é gratuito para a empresa que tem até dez milhões de hits por mês (clics dos usuários dentro do site). Uma consultoria de e-commerce tem custos acessíveis tanto à pequena quanto à média empresa, de acordo com o volume de vendas e campanhas promocionais.
Atraída pelo crescimento do e-commerce no Brasil, a empresa canadense de marketing digital WSI chegou ao Brasil há três anos. Para o gerente-geral da empresa no Brasil, atualmente esse mercado está bem competitivo e mesmo os pequenos já estão se sensibilizando para a importância de investir em serviços de marketing para atrair cada vez mais clientes e aumentar sua taxa de conversão (significa aumentar o índice de compra dos mesmos usuários que visitam o site). Como estratégia para atrair os usuários para o site, o especialista sugere o uso de algumas ferramentas como websites bem estruturados, e-mail marketing, redes sociais e buscas patrocinadas como o Google Adwords.
De olho no crescimento do mercado de pequenas e médias no segmento de e-commerce, a IBM comprou nos últimos três anos a Coremetrics e a Única, fabricantes de software de análise do perfil de clientes e de marketing digital. “A evolução dos negócios no comércio eletrônico no mundo e no Brasil é crescente. Em 2013 verificamos um crescimento de 8% no varejo físico, enquanto o on-line cresceu 30%. E para este ano estamos trabalhando com taxas ainda maiores, de 35% de aumento desse mercado”, diz Alejandro Padron, executivo de business service da IBM Brasil.
Fonte: Blog Televendas & Cobrança
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