terça-feira, 19 de abril de 2016

Brasileiros são os que mais se motivam para treinamentos




Por: Letícia Arcoverde

Os profissionais brasileiros são os mais motivados a participar de treinamentos, segundo um estudo da empresa de educação corporativa EF Corporate Solutions com mil executivos seniores da área de desenvolvimento de profissionais em dez países, entre eles o Brasil.

De acordo com a pesquisa, 62% dos respondentes brasileiros consideram que os funcionários na sua empresa estão muito dispostos a participar de cursos e treinamentos, enquanto 35% se dizem “bastante dispostos”. Na média global, 44% se dizem muito motivados. O engajamento dos brasileiros vem, principalmente, da possibilidade de reconhecimento dentro da empresa (57%), seguida pela capacidade de se autodesenvolver (45%).

Para o presidente da EF Corporate Solutions, Peter Burman, isso indica que o uso de recompensas seria uma boa forma de motivar os brasileiros no processo. Já em países como a Rússia, técnicas que fomentem a competição obteriam resultados melhores. “Não há uma fórmula única, principalmente nas multinacionais, com uma força de trabalho global.”

Para 49% dos brasileiros, a responsabilidade de motivar os funcionários a buscar treinamento e desenvolvimento deve ser dos próprios profissionais – menos do que a média global, de 54%. Já para 39%, deve ser uma combinação da disposição dos próprios profissionais com a da empresa.

No geral, 44% dos brasileiros consideram que o pensamento racional é a melhor forma de fazer isso – o que se traduz em clareza por parte da empresa de que a prática vai resultar em novas possibilidades de carreira e aumentos de salário. Entretanto, mais brasileiros dão valor à motivação emocional, que inclui incentivar a curiosidade e o entusiasmo de aprender- mais de um quarto (26%) considera que esse tipo de abordagem é mais capaz de motivar funcionários, ante 19% na média global.

“Há diferenças entre os fatores que motivam funcionários a começar treinamentos e os que mantêm os níveis de motivação altos durante o programa. Quando as empresas entenderem essas complexidades, suas taxas de execução aumentarão”, diz Burman.

Fonte: Valor Econômico

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Nova lei dá 3 dias para condôminos inadimplentes pagarem dívidas




Devedor que estiver ausente passará a ser notificado na pessoa do porteiro.

Determinações fazem parte do Novo Código de Processo Civil.

De acordo com o novo Código de Processo Civil, ao ser acionado na justiça, quem estiver devendo taxa de condomínio terá apenas três dias para pagar a dívida, ou poderá ter bens penhorados. A alternativa foi implementada como forma de tentar reduzir a inadimplência dos condôminos.

O advogado Bernardo Chezzi explicou que, a partir das mudanças no código, a dívida condominial passa ser um título executivo. Dessa forma, o condomínio poderá ir diretamente às vias judiciais executivas para resolver a pendência.

Ainda de acordo com o código, o condômino pode ser acionado 30 dias após o vencimento da conta. Outra novidade é que a partir de agora o devedor não precisa mais assinar a notificação para que ela passe a valer.

O devedor que estiver ausente passará a ser notificado na pessoa do porteiro do prédio. A mudança acontece para solucionar o problema dos devedores que nunca eram encontrados em casa para assinar a notificação.

“É uma nova responsabilidade para o porteiro. O síndico deve criar um sistema para instruir esses profissionais. A lei vai responsabilizar o porteiro caso ele afirme que o devedor esteja ausente, sem que de fato ele esteja. Se o devedor estiver em casa, ele recebe a documentação normalmente, caso ele não esteja, o porteiro será o responsável pela notificação, por isso ele não pode recusar o material”, explica Chezzi.

No ano de 2015 o Sindicato de Habitação da Bahia (Secovi) registrou mais de 7.700 ações na justiça relacionadas a pessoas que não pagaram as taxas de condomínio. Em relação a penhora dos bens, ela pode acontecer sobre qualquer bem do devedor, de valores depositados em contas bancárias, até o próprio apartamento.

Fonte: G1

Bancos serão próximas vítimas da revolução Uber, diz Citi



Por: João Pedro Caleiro

A narrativa já está bem estabelecida: a tecnologia abre possibilidades, uma empresa inovadora as abraça, o financiamento flui como água e indústrias inteiras são colocadas de cabeça para baixo.

Foi o que a Netflix fez com a televisão, o que o Airbnb fez com a hotelaria e o que o Uber fez com o transporte de táxi nas metrópoles.

A próxima vítima desse movimento serão os bancos e o sistema financeiro, de acordo com um relatório lançado recentemente pelo Citi.

Os investimentos em tecnologia financeira cresceram de US$ 1,8 bilhões em 2010 para US$ 19 bilhões em 2015. 70% disso tem foco na experiência do consumidor final, ramo mais fácil de penetrar do que o corporativo.

“O Vale do Silício está chegando. Há centenas de startups com muitos cérebros e dinheiro trabalhando em várias alternativas ao sistema bancário tradicional”, diz Jamie Dimon, presidente-executivo do JP Morgan.

Por enquanto, apenas 1% da receita migrou para novos modelos digitais na América do Norte. Os sistemas de pagamento como o PayPal estão na ponta deste processo, mas é só uma questão de tempo até que o ponto de virada seja alcançado em outros serviços.

Regiões

Na China, isso já aconteceu faz tempo, resultado do crescimento do e-commerce, de regulações flexíveis e da fraqueza relativa dos grandes atores já estabelecidos.

Mercados emergentes, aliás, costumam ter alta penetração de smartphones em um ambiente bancário pouco desenvolvido com muita gente sem conta, terreno fértil para alternativas tecnológicas.

Na tabela do Citi, o Brasil não aparece entre os países mais bem posicionados para esta disrupção. A Índia pode ser uma das grandes oportunidades e a África já é um bom exemplo.

Na Somália, por exemplo, 40% dos adultos usam transferência de dinheiro via celular. A ONG Give Directly tem tido bons resultados transferindo recursos diretamente para telefones no Quênia e Uganda.

Cortes

Antony Jenkins, ex-presidente executivo do Barclays, disse no final do ano passado que os bancos estão em seu “momento Uber”; ele prevê que “o número de agências e de empregados pode cair até 50% nos próximos anos”.

Isso já aconteceu entre os bancos holandeses e dos países nórdicos. A previsão do Citi é que o ritmo de redução de pessoal atual, de 2% por ano, acelere para 3% – levando a queda total para algo entre 40% e 50% até 2025 (perto da previsão de Jenkins).

Não é uma questão só de enxugamento, mas de toda uma reformulação do sistema. Os bancos estão explorando cada vez mais tecnologias como o Blockchain, a base do Bitcoin, de pagamento ponta a ponta sem necessidade de intermediários.

“Nós provavelmente seremos a última geração a usar os termos cartão de débito e de crédito. Será provavelmente acesso a débito e crédito e isso provavelmente será colocado em um dispositivo mobile”, disse John Stumpf, presidente-executivo da Wells Fargo.

Neste cenário, o nível de concentração e escala atingidos pelo setor bancário americano podem continuar servindo de vantagem para grandes investimentos, mas não para conquistar a sua carteira – ou melhor, seu smartphone.

Fonte: Exame

quinta-feira, 7 de abril de 2016

O atendimento ao consumidor ficou de recuperação!



*Por Ariane Abreu


Grande maioria dos artigos escritos por mim diz respeito ao atendimento ao consumidor. Apesar de cada vez mais reforçarmos a importância de se dar a devida atenção a todo e qualquer cliente, diversos levantamentos demonstram a falta de eficiência das empresas nesse quesito. Aqui vai mais uma!

Na última semana, a Anatel divulgou a “Pesquisa de Satisfação e Qualidade Percebida”, mostrando, detalhadamente, qual a percepção geral do usuário a respeito da telefonia móvel, fixa, banda larga fixa e TV por assinatura. Para os mais de 150 mil entrevistados, o maior problema das corporações no setor não é o funcionamento do serviço, mas sim a falta de comunicação adequada.

Traduzindo essa percepção em números, fica mais fácil entender. Entre todos os indicadores, dois merecem destaque: Canais de Atendimento (qualidade de atendimento telefônico, na Internet e na loja) e Atendimento Telefônico (tempo de espera, necessidade de repetir chamada e capacidade de informação).

A média entre os quatro avaliados (banda larga fixa, telefonia fixa, celular pós-pago e pré-pago), levando em consideração notas de 0 a 10, foi de 6,57 para Canais de Atendimento e de 5,75 para Atendimento Telefônico. Dentre todos os quesitos, o tema com pior avaliação foi o “Tempo de espera para falar com um atendente”, com média de 4,96.

Ou seja: se a pesquisa fosse uma escola e o atendimento ao consumidor uma matéria, estaríamos de “recuperação”! A boa notícia, como o próprio termo indica, é a possibilidade de reverter o cenário, aproveitando tecnologias de ponta para melhorar a comunicação e, ao mesmo tempo, desenvolver colaboradores.

Com a URAs, por exemplo, é possível automatizar processos, eliminando filas para falar com um operador. Em apenas alguns cliques, são realizadas negociações completas sem a necessidade de direcionamento para um agente, garantindo mais eficiência, segurança e economia.

Já na URA de Pesquisa, o próprio cliente realiza uma avaliação em relação ao contato. Ela funciona como um menu, aparecendo ao término de uma ligação, atribuindo notas a cada etapa do serviço prestado. Com o resultado, o supervisor consegue identificar os pontos de melhoria e otimizar o atendimento.

Não perca tempo e invista agora mesmo em sua operação! Será bom para o consumidor e para a própria empresa. Quem sabe na pesquisa do ano que vem, não passamos direto e com méritos? Boa sorte!


*Ariane Abreu é Diretora Comercial da Total IP