terça-feira, 15 de dezembro de 2015

2016: o ano da evolução no atendimento ao cliente



Muita água já rolou após a criação do Código de Defesa do Consumidor, nos anos 90, mas boa parte da filosofia aplicada na gestão das centrais de atendimento naquela época continua sendo praticada até hoje, indicando enorme atraso em relação à evolução no modelo de gestão das empresas, como explica o especialista em processos de relacionamento com clientes, Vladimir Valladares, consultor e diretor da V2 Consulting. Mas o especialista também afirma que estamos iniciando um ciclo de mudanças nas relações empresas-consumidores, com muitas organizações realizando profundas reflexões sobre suas políticas e processos internos.

“O processo de transformação acontecerá naturalmente dentro das empresas na medida em que se aprofundarem as discussões para otimização dos custos relacionados às situações que geram atendimento ao cliente”, afirma Vladimir.

 

Os gestores de SAC ou de Centrais de Atendimento, que são gestores de operações e que tratam fundamentalmente parâmetros operacionais como tempo médio do atendimento, aderência às escalas, absenteísmo, tempo em pausa e que priorizam investimentos em tecnologia para aumentar a sua capacidade de atendimento, deverão se tornar gestores de processos.

“Fundamentalmente, os gestores deverão passar a direcionar suas estratégias de análise e atuação sobre o motivo da ligação do cliente para a empresa, buscando contribuir e participar ativamente para que os processos internos sejam configurados para reduzir solicitações e reclamações”, afirma.

É possível identificar essa evolução já acontecendo em algumas empresas, onde as discussões de melhoria do atendimento extrapolaram os limites das Centrais de Atendimento. “Quando uma empresa olha o potencial de economia existente em tratar efetivamente a situação em sua origem, na causa, descarta automaticamente que as discussões se restrinjam ao ambiente interno da Central”, reforça Valladares, que completa, “o pulo do gato se dará quando cada área da empresa assumir a sua responsabilidade perante o cliente, buscando criar uma realidade ou experiência positiva para o mesmo, pensando proativamente e preventivamente”.

Integração

Também já não cabe mais falar em atendimento 2.0. e nas especificações de canais. Ou seja, o cliente estará cada vez mais integrado com todas as plataformas e usará as que forem mais convenientes para ele e não para a empresa e isso é uma mensagem clara de que não há mais espaço para a empresa atender o cliente de formas diferentes entre um canal e outro.

“As centrais devem ser reduzidas ao longo do tempo. Aqueles atendimentos com soluções padronizadas tendem a ser automatizados e acessados pelos clientes por celular, internet ou mesmo por telefone e chat, mas com robôs prestando o serviço. As centrais deverão se restringir a situações que fogem das repetições e que envolvam questões de análise com autonomia para resolução pelo atendente”, prevê Valladares.

Para ajudar as empresas na identificação dos caminhos e processos deste novo modelo de gestão de serviço de atendimento ao cliente, Vladimir elaborou seis passos: 

Passo 1 - Mapeie os motivos que geram os maiores volumes de demandas dos clientes;

Passo 2 - Identifique todos os pontos de contato e canais da empresa que os clientes buscam para tratar essas situações;

Passo 3 - Identifique as falhas nos processos internos que causam tais situações, envolvendo todas as áreas, sem restringir-se às áreas de atendimento;

Passo 4 – Reflita e defina sobre qual experiência a empresa quer proporcionar ao cliente nestas situações, para todos os canais e pontos de contato, observando o aspecto proativo/preventivo;

Passo 5 – Estabeleça projetos e ações que alterem os processos internos tanto para reduzir as vezes em que o cliente tem necessidade de contatar a empresa, como para valorizar a imagem da empresa a partir do bom atendimento ao cliente que, muitas vezes, é simplesmente não precisar atende-lo;

Passo 6 – Gerencie e monitore continuamente as experiências dos clientes no dia a dia, por monitorias da qualidade e pesquisas, para constatar os ganhos obtidos com os projetos e ações e, simultaneamente, identifique situações que requeiram atenção, porque os clientes diariamente sinalizam para as empresas o que não lhe agrada.

Fonte: http://portalcallcenter.com.br/

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Yutaka Takaki, um ícone do mercado avalia o mercado das assessorias de cobrança!

Excelente Entrevista do Yutaka, Expert no Mercado de Crédito e Cobrança.




Expert, Formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Foi responsável na Credicard por: Planejamento, Politicas e Projetos de Credito e Cobrança (1.988 a 1.992); Regional de Cobrança RJ/NO/NE (1.992 a 1.995); Modelagem Estatística em Crédito e Cobrança (1.995 a 1.997); Diretoria Nacional de Cobrança (1.998 a 2.005). Implantou o Centro Operacional de Crédito, Cobrança e Fraude no Citibank/Brasil (2.006 a 2.008).

R&R: Apesar de ser um dos maiores especialistas do mercado de gestão de risco, o Sr. decidiu se afastar. Quais as razões que o levaram a esta decisão?

YT: Fundamentalmente foram duas: a de querer ser dono do “próprio nariz” e o mais importante, de dedicar mais tempo para mim e para a minha família.

R&R: Pensa ainda em voltar?

YT: Não.

R&R: Nos últimos anos o Sr. fez algumas incursões como empreendedor no mercado de risco. Qual foi o aprendizado e o que o Sr. gostaria de recomendar àqueles que pretendem seguir este caminho?

YT: Que o mercado de recuperação de credito, com margens se reduzindo a cada ano que passa, está com muitas empresas para recuperar e poucos contratantes que possam fornecer papeis para se cobrar.

Se pretendem entrar no mercado de recuperação de credito, é melhor comprar parte de uma empresa que já atua nesse mercado.

R&R: Como o sr. vê o relacionamento entre contratantes e contratados na processo de recuperação de crédito?

YT: Que com raríssimas exceções entre os contratantes, PARCERIA não passa de mera palavra. Não se pratica em momento algum no relacionamento contratante/contratado.

Que ainda é necessário avançar muito na formação do conhecimento dos gestores dos dois lados do balcão, para tirar o máximo dos custos envolvidos na operação de recuperação.

Mais do que os indicadores financeiros – margem, fluxo, rentabilidade e outros, olhassem o futuro considerando o atual estagio da “parceria” e a própria dinâmica gerencial de custos dos que contratam o serviço.

R&R: Como o Sr. avalia os atuais profissionais de gestão de risco com aqueles que trabalharam com o Sr. em grandes corporações?

YT: Os aspectos de formulação e de planejamento das políticas, dos projetos, das normas e das macro atividades que mudem profundamente os processos em gerenciamento de risco dentro de um horizonte definido, foram onde se destacaram muitos profissionais que trabalharam a época.

A essa mesma época, também tivemos uma equipe de “fazedores” que não somente implantaram aquilo que chamamos de “Quick Hits” – “ovos de Colombo” com grande impacto nos indicadores de risco em 6/9 meses, mas que mudaram o estado da arte em gerenciamento de risco da empresa em 2/3 anos.

R&R: o Sr. é considerado até hoje um dos maiores estrategistas de todos os tempos na gestão de risco. Qual deveria ser a evolução natural deste segmento?

YT: Entendo que os processos gerenciais em gestão de risco hoje estão muito divididos – quando não pulverizados, em varias áreas/departamentos. Não acho que devamos ir para um modelo onde tenhamos uma centralização de todos os macros processos. Mas que as atividades de “pensar” e “fazer” de um macro processo seja responsabilidade de uma única área funcional.

Após caminhar para uma estrutura funcional onde pensar e fazer constituem as bases de atuação, entendo que gerenciamento de risco será uma função em que informações serão a base de tomada de decisão para a concessão e manutenção de credito, prevenir e cobrar créditos e, por fim, recuperar ou vender ativos considerados perdidos.

R&R: Como o Sr. analisa o momento atual do mercado de recuperação de crédito?

YT: Tendendo a uma piora ainda maior, pois o cenário é de aumento do desemprego, da inflação e de queda na renda dos assalariados. O que piora a situação é que não se tem nenhuma perspectiva de algum crescimento econômico até 2.017.

Isso significa que o grande lago da inadimplência vai aumentar rapidamente e, suas águas estarão cada vez mais turvas para se pescar. Há que se ter muito cuidado em se realizar despesas para recuperar.

R&R: Já há algum tempo não há nada de novo em termos de instrumentos de cobrança, seja no Brasil ou no exterior. O Sr. diria que estes instrumentos são suficientes para alcançar bons resultados ou o mercado carece de inovação?

YT: Entendo ser extremamente difícil que surja algum novo instrumento inovador para “falar” com devedores. Entendo que certos instrumentos já são utilizados no seu limite – discadores, ura e voice mail, explorando o telefone ou, SMS substituindo as propostas de negociação via mala.

Essas inovações na aplicação dos instrumentos tradicionais de cobrança, surgiram da necessidade de se aumentar as margens de lucros, via redução nos custos de se cobrar. Essas margens, ano após ano, cada vez mais estão se reduzindo.

Talvez dentro dessa visão do início do precipício chegando, uma ideia inovadora surja – não necessariamente pela novidade em si ou em termos de tecnologia.

R&R: Os atuais índices de recuperação de crédito estão dentro das expectativas ou estão aquém das possibilidades das recuperadoras de crédito?

YT: Não posso dizer por não ter acesso aos indicadores de recuperação das empresas.

R&R: Com a alta nas taxas de juros e com a população bastante endividada, o Sr. vê possibilidade de explosão da inadimplência, com uma maior necessidade de alocação de recursos para recuperação e, consequentemente “quebradeira” de muitas assessorias de cobrança?

YT: Essas variáveis exógenas realmente contribuem para que a explosão ocorra. Mas a realidade vem quando as variáveis endógenas também estão fragilizadas. Principalmente nas políticas de concessão e de manutenção de credito, entendendo a cobrança de dividas até 30 dias como parte deste processo.

E acho que a maioria das empresas já fizeram a lição de casa e, de alguma forma ou outra fecharam ou restringiram essas variáveis. Portanto, entendo que não haverá a explosão de inadimplência, a não ser que o quadro macro econômico se agrave e perdure por muito mais tempo.

O risco de “quebradeira” irá se agravar ainda mais do que hoje, se não houver cuidado e um entendimento detalhado sobre onde e quanto gastar para se recuperar, em um contexto onde além do endividamento, o devedor pode vir a estar desempregado – em um cenário de inflação alto, comprometendo ainda mais a renda disponível para tentar recuperar seu credito na praça.

R&R: Os contratantes dos serviços de recuperação de crédito deram o recado de que o modelo de venda de PAs fixas parece esgotado. Por outro lado, as empresas contratadas avaliam que o modelo de taxa de sucesso não atende às suas necessidades. Qual a tendência para equalizar estas demandas?

YT: Entendo que o modelo de taxa de sucesso é praticado há muito tempo, sempre com uma lógica em que se paga um FEE maior se o valor recuperado for de dividas com atraso alto. Neste modelo, o custo para se recuperar não importa para quem contrata e, portanto, ao longo do tempo não se reajusta as remunerações pela inflação do setor. Com as políticas de negociação com desconto ao devedor, concedido pelos contratantes, parece que o reajuste tornou se tabu para acontecer.

Ocorre que a persistir esse modelo – dado que o de venda de PA`s por preço fixo não será mais admitido, muitas recuperadoras não sobreviverão por absoluta falta de fluxo de caixa gerado pelo lucro da operação. Terão alguma sobrevida se irem e conseguirem linha junto ao sistema financeiro, hoje com critérios muito mais rígidos na concessão que há 1 ou 2 anos atrás.

Um caminho a seguir seria juntar os 2 modelos, eliminando se o que é ruim de cada um dos modelos. Outro caminho talvez seja entidades representativas de contratantes e contratados sentarem para se chegar a um entendimento.

Conheço 2/3 contratantes que, em determinado período e dentro de algumas condições, custeiam parte das despesas com mala. São parcerias pontuais... mas um começo !!!!

R&R: Quais as causas que explicam que os índices de recuperação no mercado americano sejam superiores àqueles praticados no Brasil, já que em termos de instrumentos, eles mais ou menos se equivalem?

YT: Além de dispor de ações de recuperações mais maduras e avançadas que no Brasil – como venda de carteiras, não podemos esquecer que o way of life do americano é baseado em consumo e na obtenção de créditos para a manutenção desse modo de vida. Estar no cadastro positivo com uma boa pontuação é essencial. Então há um natural interesse dos devedores em negociar suas dividas. Do outro lado, para facilitar a negociação – e o cumprimento do que foi acordado, as credoras disponibilizam varias formas para que eventuais percalços sejam superadas – postergação de parcela (s), premiação por pontualidade de pagamento e outras.

R&R: Falando um pouco dos sistemas de cobrança existentes no país, como o Sr. os considera, quando comparados com aqueles utilizados em mercados mais avançados?

YT: Os sistemas criados e voltados para as recuperadoras de credito do Brasil são sensivelmente melhores que o visto lá fora. Por sua facilidade em tratar contratos diversos, pela agilidade em poder mudar diante de novas necessidades e, pelos processos de controle operacionais existentes.

R&R: Que características deve ter um bom sistema de recuperação de crédito?

YT: Alem do acima descrito, acredito que deva ter capacidade de dispor de interfaces para o tratamento de dados obtido na operação, facilidade em tratar informações trabalhadas externamente, além de ter um processo para obtenção de informações gerencias das carteiras.

R&R: Que conselhos o Sr. daria para aqueles profissionais que lidam com todo tipo de risco na sua atividade profissional?

YT: Investir em obter e gerar informações; ter pessoal qualificado para analisar e, acima de tudo, utilizar essas informações, é tão ou mais importante que os processos operacionais.

Fonte: riscoerecompensa.com.br

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Meu caro amigo, 2016 vem aí!



*Por Ariane Abreu

Os últimos dias andam muito emocionantes para os brasileiros! É bem verdade: "aqui na terra tão jogando futebol". Porém, o "samba, choro e rock'n'roll" está dando lugar às rodinhas de conversas sobre política e nossa atual situação econômica. A população está em alerta! Porém, sinceramente, não podemos depender disso para prosperar em 2016. 

Acreditem: o cenário para o próximo ano é otimista! A inflação deve ficar perto do teto da meta (6,5%), recuperando indicadores econômicos e, consequentemente, a confiança da nação. Atualmente, o empresário tem duas opções para "arrumar a casa" de vez: aumentar o valor dos produtos ou cortar os gastos. Como fazer isso? Investir em tecnologia é uma saída!

O mercado oferece inúmeras opções a quem precisa de soluções para aumentar a produtividade e reduzir os custos, como Discadores, URAs customizáveis, Gerenciador de E-mails, Gestão de Chips por Operadora... a lista é imensa! É preciso começar o ano com o pé direito.

Assim, quando o país efetivamente sair do vermelho, você estará à frente da concorrência. Desde 1976, Chico Buarque vem avisando: "meu caro amigo eu quis até telefonar, mas a tarifa não tem graça". Boa sorte a todos e prepare-se para 2016 ser um ano de bons números e economia na conta telefônica!

Fonte: Ariane Abreu é Diretora Comercial da Total IP